Política

Igreja Católica em BH: Orientações para Eleitores nas Eleições Municipais

Na última sexta-feira, a Arquidiocese de Belo Horizonte promoveu um encontro com os candidatos à prefeitura da cidade, realizado na Igreja Boa Viagem. Durante o evento, a Igreja Católica deixou claro que não indicará candidatos aos eleitores, mas apresentou diretrizes que os fiéis devem considerar ao votar.

O padre Thiago Augusto da Costa Lopes, coordenador do evento, destacou que o objetivo da Igreja é conscientizar sobre a importância do voto consciente, sem a intenção de sugerir nomes específicos. A escolha dos candidatos deve ser feita à luz da fé, enfatizou o sacerdote.

O documento apresentado aos candidatos lista valores que a Igreja considera essenciais para quem deseja governar a cidade. Entre eles estão a busca pela justiça e pelo bem comum, a proteção dos pobres, a defesa do meio ambiente, o respeito à dignidade humana desde a concepção até a morte natural, e o compromisso com a habitação e inclusão social.

Por outro lado, a arquidiocese também destacou características que considera inadequadas em um candidato. Políticos que promovem o uso de armas, que não se comprometem com os excluídos, que são indiferentes às questões ambientais, ou que têm histórico de corrupção, não são recomendados.

O documento também proíbe o uso de celebrações religiosas para fins políticos e alerta os fiéis sobre a disseminação de informações falsas. A responsabilidade de interromper a propagação de fake news é de cada indivíduo, reforçou a Igreja.

Entre os candidatos presentes no evento estavam Gabriel Azevedo (MDB), Indira Xavier (UP), Lourdes Francisco (PCO), Mauro Tramonte (Republicanos), Rogério Correia (PT) e Wanderson Rocha (PSTU). Outros, como Bruno Engler (PL) e o atual prefeito Fuad Noman (PSD), não compareceram, embora todos tenham sido convidados.

Os candidatos tiveram a oportunidade de apresentar suas propostas em cinco minutos e, posteriormente, comentar o documento da Igreja em três minutos. A iniciativa da arquidiocese visa promover um debate mais consciente e alinhado com os valores cristãos nas eleições municipais.

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