Aldo Vendramin, empresário e fundador, pontua que nenhuma tecnologia é capaz de substituir o valor de uma equipe bem treinada e engajada. Segundo ele, o segredo da produtividade no campo não está apenas em máquinas modernas ou genética de ponta, mas na capacidade humana de aplicar o conhecimento certo, na hora certa, com responsabilidade e propósito.
Neste artigo venha entender porque muitas vezes ter uma equipe preparada e de qualidade já é estar no lucro!
O fator humano no agronegócio moderno
A automatização das rotinas agrícolas e pecuárias tem avançado rapidamente. No entanto, quem faz a tecnologia funcionar são as pessoas. Um trator guiado por GPS, um software de gestão ou um drone agrícola só entregam bons resultados se forem operados por profissionais qualificados. Conforme explica Aldo Vendramin, a mão e o olhar do homem transformam a tecnologia em resultado. No campo, o erro de um operador ou a falta de atenção de um vaqueiro pode custar caro, tanto em dinheiro quanto em bem-estar animal.

Por isso, a gestão de pessoas se tornou um dos pilares da fazenda moderna: treinar, motivar e reconhecer os colaboradores é investir diretamente na eficiência e na sustentabilidade do negócio.
Formação contínua: o aprendizado que não para
Treinar não é um evento pontual, mas um processo permanente. A capacitação deve acompanhar as mudanças nas técnicas, nas legislações e nas exigências do mercado. Programas curtos e práticos, como oficinas de casqueamento, manejo racional, inseminação, regulagem de máquinas e segurança no trabalho, trazem resultados imediatos.
Cada funcionário bem treinado é uma economia disfarçada. Ele reduz desperdícios, previne acidentes e melhora a performance do time, destaca o empresário Aldo Vendramin. Além das habilidades técnicas, é fundamental desenvolver competências comportamentais, como trabalho em equipe, comunicação, ética e liderança. Equipes que entendem a importância do diálogo e da cooperação evitam conflitos e garantem maior fluidez no dia a dia da fazenda.
Liderança que inspira e retém talentos
Um dos grandes desafios do campo é a retenção de mão de obra qualificada. A rotação de funcionários, comum em regiões agrícolas, gera perda de conhecimento e eleva custos. Conforme Aldo Vendramin, o caminho é formar líderes que saibam ensinar e cuidar. Um bom líder rural é aquele que conhece o serviço, dá o exemplo e acompanha o time. Ele orienta, mas também ouve. E isso cria laços de confiança.
Planos de crescimento interno, bonificações por metas alcançadas e reconhecimento público de resultados ajudam a valorizar os colaboradores e a fortalecer o senso de pertencimento. Quando o funcionário sente que seu trabalho tem importância real, ele veste a camisa da fazenda.
Bem-estar e segurança como estratégia de gestão
Cuidar das pessoas é também cuidar da produtividade. Fazendas que investem em condições adequadas de moradia, alimentação e descanso reduzem o absenteísmo e aumentam o comprometimento. Aldo Vendramin ressalta que a segurança deve ser tratada como prioridade estratégica, utilizando equipamentos de proteção, protocolos de manejo, pausas obrigatórias e revisões de maquinário não são burocracia, são investimentos. O trabalhador seguro produz mais e melhor.
Além disso, práticas de bem-estar animal e humano caminham juntas: quando a equipe entende que o manejo correto evita sofrimento e melhora o desempenho do rebanho, o resultado aparece nos índices produtivos e na imagem da propriedade perante o mercado.
Comunicação e engajamento: o elo invisível da eficiência
Nenhum treinamento é eficaz se a comunicação falhar. Checklists visuais, quadros de tarefas, grupos de mensagens e reuniões rápidas antes da jornada ajudam a alinhar prioridades. Tal como alude o senhor Aldo Vendramin, pequenas rotinas fazem grande diferença. Cinco minutos de conversa no início do dia evitam cinco horas de retrabalho depois.
A transparência nos objetivos da fazenda, o compartilhamento de resultados e o diálogo constante constroem um ambiente de confiança, no qual cada colaborador entende seu papel dentro de um sistema maior.
Gente boa transforma tecnologia em legado
A verdadeira inovação no agronegócio não é apenas digital, é humana. São as pessoas que operam, interpretam e aprimoram os processos. Investir nelas é o primeiro passo para tornar a fazenda sustentável no longo prazo. Assim como sugere Aldo Vendramin, uma equipe bem treinada multiplica o retorno de qualquer investimento em tecnologia. Ela evita erros, cuida do patrimônio e mantém viva a cultura de excelência.
O futuro da gestão de pessoas no campo
Com as novas gerações se aproximando do agronegócio, o perfil dos trabalhadores rurais está mudando. Jovens mais conectados e curiosos exigem oportunidades de aprendizado e reconhecimento. Nesse contexto, o líder rural precisa atuar também como educador e mentor, capaz de integrar tradição e inovação.
O sucesso de uma fazenda, portanto, não depende apenas do solo fértil, mas da fertilidade humana, da capacidade de formar, motivar e reter talentos. Quando a cultura de aprendizado se enraíza, a produtividade floresce, o ambiente melhora e o legado se perpetua.
Autor: Davis Wilson

